Estava lendo uma matéria interessante de um Juiz do Trabalho de Pernambuco. Em 1970, Theodomiro Romeiro dos Santos era mais um daqueles jovens que lutavam para reescrever a história do Brasil – que vivia, então, o auge da repressão política contra os “subversivos” que lutavam contra o regime militar. Tinha 18 anos e integrava o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).
Theodomiro dos Santos ( o personagem em questão), após ter sido capturado pelos jagunços da ditadura entrou em briga corporal com um sargento e conseguiu lhe tomar a arma acertando um tiro no oficial. Foi o único dos presos do regime militar condenado a morte. Depois a sentença foi revista para prisão perpétua e depois para 30 anos de reclusão. Como os milicos só eram valentes para torturar pessoas presas o nosso personagem de forma inteligente conseguiu fugir das garras dos incompetentes do regime. Depois de cumprir 09 anos de regime fechado fugiu para o México e depois para a França. Voltou para o Brasil, depois da anistia, onde estudou Direito, fazendo em seguida concurso para Juiz do Trabalho e agora exerce a função de Magistratura na 9 vara do Tribunal Regional do Trabalho no Recife. Hoje, o Juiz revolucionário luta para que o tempo de prisão e o tempo de exílio sejam computados para efeito de aposentadoria.
Em entrevista ele disse que espera ter reconhecido o tempo de prisão para efeito previdenciário. É mais ou menos o que desejam os anistiados pela Lei 8878/94 o que poderá se concretizar com o Projeto de Lei da dep. Andréia Zito.
Existe uma discussão a nível federal da criação da " Comissão da Verdade" que tem como objetivo analisar e penalizar crimes cometidos, não apenas pelos militares, mas também por guerrilheiros que lutaram contra a ditadura.
Eu, particularmente sou contra punir as pessoas que combateram o regime militar e a sua ditadura, por entender que " lutar contra uma ditadura não crime" e sim um direito e que os companheiros já pagaram por seus supostos crimes, sendo torturados, presos e ainda pagando com suas próprias vidas. Quem deve ser responsabilizados e punidos são os milicos que ainda não pagaram pelos crimes que cometeram.
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