quinta-feira, 21 de abril de 2011

SINAL VERMELHO PARA O PT

Amigos leitores, hoje, quero falar com vocês de uma situação que nunca falei antes. É fácil falar ou emitir opinião de um tema que não seja relacionado a você. Mas para mostrar a fidelidade que tenho com vocês que me honram com suas visitas diariamente vou falar-lhes da minha militância política.

Milito no PT, a 25 (vinte e cinco) anos. Duas décadas e meia de lealdade e defesa aos princípios e convicção partidária. Alguns companheiros e militantes hoje falam para mim que são ou se acham como ex-militante.

A expressão "ex" serve para indicar que uma pessoa perdeu determinada condição, deixou de ser algo. Por isso que para esses companheiros falo sempre que esse prefixo devemos falar sempre para cargos ou para situações provisórias tais como; um ex-chefe, um ex-diretor, um ex-vereador, um ex-deputado estadual, um ex-deputado federal, um ex- senador, um ex-governador, um ex- presidente.

Eu sempre digo aos meus companheiros que eles podem até se considerar um ex-petista, mas ninguém jamais apagará a história que cada um tem com o partido.
Todo militante político sabe que um projeto de poder é construído por um grupo de pessoas com afinidades e interesses afins. Sabemos também que todos que se aliam a um projeto de poder esperam participar deste governo com os seus quadros partidários. Sabemos também que existem néo-aliados que se apressam a mostrar que são "companheiros" aplaudindo o comandante partidário mesmo nas entrelinhas da administração discordando dele. E muitas das vezes trabalhando para desgastar o governo em detrimento de sua verdadeira opção partidária.

Nas conversas com os companheiros de partido todos me fazem a mesma pergunta: Porque nossos adversários políticos estão na nossa administração? Não existe no nosso partido quadros técnicos com competência para o cargo? Para mim, essa inquietação é compreensível. São militantes, que apoiaram e apoiam o governo, trabalharam numa campanha difícil, permanecem até hoje fiéis e gostariam apenas de servir a administração do partido que sempre defendeu e ajudou a construir.

Na minha modesta opinião o partido necessita de um interlocutor para que as coisas relacionadas ao partido, aos militantes e a administração tenham um canal direto com o governo. Não podemos esperar que os aliados nos vejam, nos apoiem, nos valorizem e nos dê oportunidades. Quem tem de defender, acolher, e valorizar os nossos companheiros de partido é o nosso próprio partido. Não devemos nos acomodar quando uma situação desfavorável acontece com um companheiro de partido. Temos de voltar a ser solidários uns com os outros.
O maior partido de massa do país, que chegou ao poder por ter uma excepcional militância, não pode dar as costas nem para a história e nem para seus principais atores. Porque se isso acontecer o partido se esvaziará e não conseguirá reorganizar sua militância para eleições que se aproximam e as que virão. Nenhum aliado é mais importante que um companheiro e militante do PT.

Se a direção do Partido não intervir diretamente na situação vivida por muitos companheiros de partido, vamos ainda ouvir um número maior de militantes falarem “sou ex-petista”.

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