segunda-feira, 25 de abril de 2011

QUANDO OS ALIADOS NÃO SÃO ALIADOS

Recorro ao dicionário para definir o significado da palavra "aliado", para depois escrever artigo "Quando os aliados não são aliados"

"Aliado academicamente é o termo usado para designar determinados grupos de indivíduos, associações ou regiões, que se unem em aliança, por vezes contra um inimigo ou oponente, no caso de uma disputa".Entenderam? Fácil né.

Pois bem, agora gostaria de falar dos aliados do governador Marcelo Déda, na Assembleia e na Administração Estadual. Notadamente, a Assembleia Legislativa de Sergipe é na sua maioria aliada do Governo do Estado. Mas tenho dúvida para entender essa relação de aliado. Senão vejamos: Aliado, quando o governo encaminha matéria de seu interesse e precisa desses "aliados" para votarem? Ou se dizem aliados, para poder indicar seu agrupamento ou apadrinhados na Administração Estadual?.

Não consigo ver como verdadeiros aliados, aqueles que durante as sessões legislativas ou nos programas de rádios, não defendem o governo que é aliado. Que durante a atividade parlamentar não fazem pronunciamentos das ações positivas do governo, que não fazem o contra ponto em relação aos modelos de poder, que deixam dois parlamentares de oposição ditar as regras e o tom do discurso no plenário da assembleia estadual. Não entendo porque os secretários, presidentes e directores de órgãos não se pronunciam para defender o governo e nem mesmo as suas pastas. Eles não têem apenas de falar que são aliados, tem de provar que são aliados do governo

 Venho do movimento sindical e quando discutíamos nos congressos da CUT as "teses guias" para o congresso, a tendência que tinha maioria passava o rolo compressor nas tendências minoritárias (se lembra Gilvan Melo?)kkk. Isso faz parte da democracia. Mas o que vemos no parlamento estadual é algo inconcebível. Os aliados não se pronunciam, não defendem, não propõem, não intervêm. O único parlamentar, que defende o governo é o deputado Francisco Gualberto. Os demais, servem apenas para "votar". Lamentável.

Em relação aos aliados na administração pública, acontece coisas ainda piores. Eles ganham os cargos, através, dos partidos aliados do governo. Esperava-se, que eles fossem para os órgãos estaduais com o objetivo de servir a administração aliada e o que se vê é que muitos desses "caras" são uns "traíras". Falam mal do governo, fazem corpo mole, não tem compromisso com o projeto que defendemos. Estão ali, apenas para ganhar salários e falar mal do nosso governo.

Estava lendo comentário de um leitor de Claúdio Nunes, o "Petista Anônimo" e usarei seus comentários para finalizar meu artigo. Os verdadeiros aliados do governo Marcelo Déda, são os seus militantes. Aqueles que há anos defendem o partido, nas ruas , nas escolas, nas universidades, nas suas comunidades, nos bares. Enfim, são esses militantes que os partidos aliados estão excluíndo da administração de Déda. O militante do PT, sente no corpo e na alma as dificuldades que a administração passa. Os néo-aliados, só estarão conosco enquanto estivermos no poder. No dia que o barco virar eles com certeza procurarão outro barco para entrar. Enquanto que, os reais aliados do partido, do projeto e do governo estarão juntos para "catar" os cacos e recomeçar. Sugiro urgentemente, que a direção estadual do PT, reúna-se imediatamente com o governador para fazer essa discussão. Não podemos  sair de uma administração que ao longo de muitos anos ajudamos a construir.

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