segunda-feira, 23 de maio de 2011

CARTILHA DO MEC AFRONTA FAMILIA

Não tenho autoridade para falar como educador, mas como filho e pai me arrisco a falar sobre a discussão da cartilha confeccionada pelo MEC e que deverá ser entregue nas escolas de todo o país.
Acompanhamos a mudança que as escolas tiveram ao longo dos anos. Antes víamos uma escola com o objetivo de ensinar. Hoje, com a ausência dos pais, nas relações afetiva/familiar, a escola e os professores passaram a ocupar essa responsabilidade. Ou seja, na minha época a responsabilidade de ensinar valores, respeito aos idosos, a forma de como me socializar com as pessoas, as dúvidas de qualquer ordem era de responsabilidade de minha mãe.

Parece que as escolas e os professores aceitaram a missão de ensinar para os alunos: cidadania, direitos e deveres, respeito às leis. Na realidade hoje são os professores que formam o caráter do aluno. Pergunto? Isso está certo? Para mim, os professores não são e não devem ser “pais e mães” destes alunos. Principalmente dos alunos adolescentes que já possuem um caráter formado (ou em fase de formação).

O MEC resolveu como “pais”, conversar sobre sexualidade com nossos “filhos”, mas o que estamos acompanhando pela imprensa? Mais uma vez, devido à ausência dos pais e a intromissão das autoridades religiosas e políticas começaram a levantar a voz dizendo coisas como: “Isso é um abuso do governo”, “Somos nós que devemos falar isso com nossos filhos”, “Isso poderá influenciar os jovens”

Mas esses mesmos que se rebelam hoje são os mesmos que consentiram que o professor começassem a educar nossos filhos de forma informal. Sabemos que os jovens são influenciados pelos professores, mas orientação sexual não deve ser uma atribuição de professores. Essas questões se da de forma individual de cada pessoa. Se for ou não heterossexual, homossexual ou qualquer coisa terminada em sexual.
Penso que ao invés do MEC está discutindo sobre a “Cartilha Gay” (a meu ver de péssimo gosto), deveria estar discutindo coisa mais relevante para a educação como: a questão da merenda escolar, livros didático, provas do ENEM etc.

Vamos nos unir ao poder judiciário que repensou e aprovou a união homo afetiva, mostrando que pensar que homossexualidade é pernicioso é preconceito e por isso a educação deve também trabalhar sobre o tema, mas com um acompanhamento, auxílio e colaboração direta e ativa dos pais que desejarem rever seu papel de educador.
 

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