“O Bispo João Petrini, de Camaçari (BA), argumentou que o STF não tem mandato ou legitimidade para mudar a Constituição, cujo artigo 226, parágrafo 3º, estabelece que a base da família é a união estável entre homens e mulheres. Acrescentando que só o Congresso Nacional pode modificar o que determina o texto constitucional”.
A CNBB está certa quando ela argumenta que essa alteração deveria ser feita através de lei no Congresso Nacional. Mas amigos, todos sabemos que os políticos profissionais morrem de medo de enfrentar ou até mesmo contrariar a Igreja. Por isso, eles (os parlamentares) não alteram nada que venha favorecer a sociedade em detrimento dos dogmas e dos caprichos conservadores de membros da Igreja. Quem não se lembra da posição da Igreja em relação a então candidata e hoje Presidenta Dilma nas eleições de 2010?
Mesmo não sendo uma atribuição do STF, a sociedade recebeu como uma vitória da cidadania contra a discriminação. Hoje, os casais homossexuais passam a ter os mesmos direitos e deveres dos casais heterossexuais. E ponto final.
Com essa histórica decisão os casais homossexuais podem adotar filhos juntos, assumir a guarda do filho do cônjuge, receber herança e/ou pensão, colocar o parceiro como dependente em plano de saúde, somar renda para aprovar financiamento e alugar imóveis
A Igreja, não pode interferir na forma da pessoa humana se relacionar. A igreja não é dona da sociedade e muito menos da vontade do ser humano. A religião deve passar os ensinamentos cristãos para a sociedade. A sociedade tem o direito de escolher os seus caminhos e suas convicções: religiosa, política, sexual. Os políticos são de certa forma reféns do conservadorismo da Igreja, mas a sociedade na sua sabedoria, deve estar comemorando a aprovação no STF.
Para os políticos fica o ensinamento. Quando um poder por medo ou omissão não cumpre seu papel constitucional, dá o direito para que outro poder o faça.
Um comentário:
O Brasil é um país laico, portanto, a igrejinha católica que vá fazer suas pregações em suas vídeomissas. Ao invés dela querer se intrometer nas questões do estado brasileiro, vá resolver e explicar aos seus fiéis os numerosos casos de pedofilia que ela insiste em tratar como um mero "detalhe". Esses bispos da igreja católico com seus padres são um saco. Cada vez que se pronunciam, o ranço conservador e atrasado polui a terra.
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